“Tenho a sensação de que me pregaram uma peça, pois primeiro alguém chega e diz: tome, o mundo é todo seu, pode brincar aqui à vontade. Este é o seu chocalho, o seu trenzinho, esta é a escola que você vai começar a frequentar no outono. Para depois gritarem: primeiro de abril, primeiro de abril, você caiu feito um patinho! E então voltarem a me arrancar o mundo das mãos. Sinto que todos me abandonaram, deixaram-me a ver navios. Não tenho onde me segurar. Nada pode me salvar. E não é só o mundo que eu perco, não é só tudo e todos que amo. Eu me perco a mim mesmo. Zás – e eis que eu sumi”.
- A Garota das Laranjas, Jostein Gaarder.
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