130 coisas sobre as quais escrever #33 [Texto de Gilso Pelicioli Junior]


33. Adivinhações de uma cartomante.

Em um dia chuvoso, era manhã por volta das 8h, me pego triste por conta de meu término recente com Jasmin, uma menina doce e meiga. Entro em meu carro e vou em direção ao meu trabalho.
Chegando lá, estaciono, ouço uma voz a me chamar, era uma mulher idosa, aparentava ter uns 70 anos, e me falava que meu futuro ela podia ver. Aquilo me atrai e decido entrar. Seu quarto era pequeno, muito escuro também, nas paredes via-se apenas símbolos que pareciam estrelas. Olho para o centro de sua sala e vejo uma mesa com uma espécie de bola na superfície e cartas ao redor dela.
Percebendo que eu estava assustado, ela me pede para sentar e não ter medo. Quando sento naquela cadeira, sinto uma enorme paz. Tudo parecia que iria melhorar. Ela começa a embaralhar as cartas e enfim as coloca na mesa, sinto um calafrio naquele instante.
Quando ela vira a primeira carta, me olha assustada e não disfere uma palavra. Começo a ficar nervoso, pois a cada carta que vira, fica cada vez mais assustada, e então ela se levanta e fala que não estava entendendo. Quando olho as cartas, estavam vazias, em branco, apenas vazias.

Sinto minha respiração se esvaindo de pouco em pouco e ali, naquela sala, caio no chão e começo a perceber o que as cartas queriam me dizer. Assim, em frente àquela senhora, me esvaio em lágrimas e sinto minha última respiração.

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